O mundo do funk sofreu muitas baixas entre os anos de 2010 e 2013. Na Baixada Santista, onde se encontrava o foco dos crimes, nomes como Duda do Marapé, Felipe Boladão, MC Careca e MC Primo foram assassinados a tiros em casos que nunca foram solucionados. MC Daleste também é um triste exemplo.
Outras tentativas de assassinato aconteceram, mas não foram bem sucedidas. Alguns dos nomes que sofreram atentados a tiros seguem cantando até hoje e são tratados como relíquias do funk. A Sobre Funk te mostra os MCs que sobreviveram após serem alvos de tiros.
MC Meno K
O caso mais recente foi o do funkeiro Meno K, que no dia 29 de agosto foi vítima de um atentado a tiros na saída de uma casa de show.
Segundo informações, um suposto fã se aproximou e pediu para tirar um foto com o artista. No entanto, logo após o registro, o homem efetuou uma série de disparos contra Meno K, atigindo-o 9 vezes.
Segundo o cantor, alguns dos tiros o acertaram no peito, mas nenhuma bala chegou a atravessar seu corpo, tornando seu quadro menos grave.
“Eu tirei foto com o mano e entrei no carro. O mano começou a atirar em mim. Tá ligado? Vários disparos. Agora eu to chorando, mais por estar vivo, tá ligado? Porque… bagulho doido, entendeu? Baita livramento, to agradecendo a Deus até agora, porque realmente foi muitos disparos contra o carro, eu tomei 9 tiros, tá ligado? Graças a Deus, nenhum atravessou meu peito, tomei tiro no peito, mas não atravessou. Eu agradeço mesmo, por cada oração, por tudo mesmo.”
O pistoleiro ainda não foi localizado pela polícia.
Neguinho do Kaxeta
Um dos casos mais famosos de tentativa de morte contra um funkeiro foi o ataque ao Neguinho do Kaxeta. Na madrugada do dia 25 de junho de 2012, o cantor estava dirigindo seu carro em São Vicente, litoral de São Paulo, acompanhado de duas amigas.
No meio do caminho, ele acabou em uma emboscada e teve o seu veículo alvejado por 11 disparos. Três deles ficaram na porta do carro, três o acertaram de raspão e os outros 4 o atingiram em cheio, nas costas e no ombro. As outras duas mulheres que estavam no carro apenas se machucaram com estilhaços de vidro.
Após o atentado, NK ainda conseguiu dirigir até a casa de sua mãe, onde ao chegar, foi levado ao hospital por seu padrasto e sobreviveu. Hoje, ele é um dos maiores relíquias do funk paulista.
O ataque aconteceu alguns meses depois do assassinato de MC Primo e MC Careca, mas a justiça não conseguiu encontrar os autores do crime.
MC Bó do Catarina
Em 2014, também na cidade de São Vicente, o MC Bó do Catarina sofreu um ataque a tiros enquanto ia de carro com a esposa indo buscar a filha.
Um dos suspeitos abordou o veículo e disparou duas vezes após o cantor acelerar para fugir do atentado.
Nenhum tiro acertou ele ou sua esposa, mas foi um grande susto para o casal.
Bó do Catarina também é um grande nome da história do funk.
MC Rodson
Já em 2018, anos depois dos ataques na Baixada Santista, o MC Rodson foi atingido por uma bala perdida no Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro.
Enquanto uma operação do Bope era realizada na região, Rodson passeava com seu cachorro, quando uma bala o acertou por engano.
Ele foi baleado no pulmão e sobreviveu após uma cirurgia realizada no Hospital Evandro Freire.
Um fato curioso é o nome da música mais famosa do cantor: “Favela é Lugar de Paz”.