Quando olhamos pros grandes artistas da música, associamos eles a um álbum ou uma música famosa dele, e rapidamente lembramos daquele nome que familiarizou a música com o sucesso. No funk, estamos começando a ver com mais frequência o lançamento de coletâneas de sons, principalmente nesse ano de 2020.
Com a pandemia, as restrições de isolamento e a proibição de aglomerações e de shows, o meio digital se tornou o foco dos lançamentos e a única possibilidade de estourar as músicas recém lançadas, com isso, uma reflexão grande foi feita em cima do modo em que o funk é criado e espalhado na sociedade.
Hoje vemos diversos feats de Mcs com grandes nomes de outros estilos musicais, isso reflete que o espaço e a visibilidade das músicas e dos cantores de quebrada estão aumentando cada vez mais, tendo assim, a passagem de funkeiro para artista. O funk não é mais uma cultura isolada dentro do país.
Yuri Dinalli, o “Dentinho”, gerente de comunicação da GR6 Explode, diz “Muitos dos artistas da GR6 estão chegando em uma fase da vida deles em que eles não são mais crianças, então a cabeça deles também diferente, eles veem artistas de outros segmentos, do samba, do rap, do trap, trabalhando de outra forma, de uma forma que dá certo, então eles querem, com razão, participar desse movimento de trabalhar com mais seriedade. Não mais lançar uma música e torcer os dedos pra que dê certo”. Hoje esse trabalho é feito com mais seriedade, profissionalismo, estudo e, principalmente, estrutura. Essa virada de chave de todos os que se envolvem no funk é o ponto principal desse novo passo que o funk está dando.
E a grande responsável por essa mudança na produção do funk é a produtora GR6, presentes no mundo da música e do funk há muitos anos, a empresa presenciou diversas fases e a evolução do funk. E entendendo as necessidades do mercado e o amadurecimentos dos Mcs, a produtora apoiou e bancou as novidades feitas pelos funkeiros, ajudou eles a enxergarem as mudanças e trabalhou para que os projetos saiam do papel.
A criação de álbuns já se mostrou ser uma fórmula de sucesso, vemos como exemplo o álbum “20 Anos de Sucesso” de Neguinho do Kaxeta e os do Mc Hariel “Chora Agora Ri Depois” e “Avisa que é o Funk”, esse último já coleciona milhões de visualizações nas plataformas digitais.
Ao passarem a ser tratados e respeitados como artistas, os Mcs precisam deixar marcas e grandes produções que os farão serem lembrados e escutados por muito mais tempo do que eram antes, e essas marcas vêm acompanhadas aos álbuns. Estamos presenciando a revolução do funk, vendo os talentos se consolidando como grandes artistas e vendo a cultura da quebrada se enriquecer dia após dia.