Entre as 4 zonas de São Paulo, existem dezenas de bailes de favela rolando toda semana, mas são poucos os que podemos ir com a certeza de que vai ser o verdadeiro fluxo. Cada baile tem seu estilo de música, com diferentes batidas e DJs, o que faz diversas pessoas atravessarem a cidade, enfrentando trem, metrô e ônibus, para chegar até aquele baile preferido.
Considerando apenas o tamanho e a fama de cada baile, selecionamos os 6 melhores da cidade de São Paulo para vestir aquele kit, separar a umbrela e a famosa água de bandido para ir sabendo que o funk vai comer solto.
Pantanal
Um dos maiores bailes que acontecem na zona leste é o Pantanal. O seu lugar é a avenida Caio de Almeida Prado, na Vila Nova União, perto de São Miguel Paulista. Antes da pandemia, o fluxo recebia milhares de jovens que ficavam de sexta à domingo acompanhados de muito funk, bebidas e diversão.
Atualmente, o baile segue brecado por questões sanitárias e preventivas contra a Covid-19.
O baile tem diversas músicas próximas e, como muitos da ZL, tem o beat do berimbau como marca registrada.
Marcone
Na Vila Maria, zona norte de São Paulo, a Marcone tem uma fama única e que dispensa apresentações. Citado em diversas músicas do mandelão, o fluxo é um dos maiores de SP, fechando largas ruas e deixando todos no pique ao som dos paredões.
O beat do bega e os sons automotivos são os ritmos que dão a cara para esse baile, principalmente na mão do DJ Sati Marconex, que carrega em seu nome o fluxo que é a sua casa.
12 do Cinga
Outro fluxo que para a zona norte durante os finais de semana é o 12 do Cinga, carinhosamente chamado de Cinga do Mal. Acontecendo entre os predinhos do Cinga, o baile reúne milhares de funkeiros que vão na intenção da maldade e da curtição.
Com DJs e ritmos parecidos com a Marcone, o 12 é uma das casas dos DJ Salatiel e Sati Marconex.
Casinhas
Na Cidade Tiradentes não tem erro, o baile das Casinhas é de longe o maior baile da zona leste de São Paulo e sua fama atrai jovens de todo o estado para conhecer a tão falada Rua da Sorte.
Com os beats perfeitos para lançar um belo passinho do magrão, o fluxo reúne os ritmos do saxofone, da flauta, do berimbau para animar o público.
Mesmo com a pandemia, o baile segue acontecendo.
Helipa
Na maior favela de São Paulo, o Heliópolis, na zona sul, o baile do Helipa desponta como um dos melhores e mais famosos bailes da cidade. O trecho “E o Helipa, é baile de favela”, da famigerada música do MC João, ajudou a tornar o baile em um dos maiores da capital, atraindo público de todo o Brasil para conhecer as ruas do fluxo.
Os beats mais agressivos são a cara desse baile, principalmente sob a mão do DJ Menor 7, o Terror dos Bailes, que está sempre por ali para agitar o fluxo com suas produções assustadoras.
DZ7
Para encerrar esta lista, o baile da DZ7 chega se sagrando como o fluxo de maior fama de toda a capital. Falado quase semanalmente por todas as mídias paulistas, o evento reúne diversos acontecimentos – felizes e infelizes – que alavancaram e transformaram o baile no maior de todo o Brasil.
Acontecendo na famosa favela da zona sul, Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo, o fluxo recebe milhares de pessoas semanalmente de todo o Brasil e tem os beats da ‘Bruxaria’ como a marca registrada de seus paredões, sempre com o DJ Mandrake no comando do som.
Vale ressaltar que independente do tamanho e da qualidade do baile, cada pessoa tem o seu próprio gosto e sabe exatamente qual é o melhor fluxo pra curtir com os amigos. Bailes funk de favela são uma opção de lazer para o público periférico e devem ser respeitados e exaltados por ser uma forma de cultura.