Atualmente, o funk é um dos gêneros musicais mais populares do Brasil, fazendo com que o país seja referência em números de streaming. Porém, ainda há desafios para ser enfrentados, como principalmente, criminalização e repressão policial.
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Em entrevista ao BBC News Brasil, Danilo Cymrot, o funk continua enfrentando um processo de ataques e perseguição e, além disso, acredita ter uma síndrome de vira-lata no país, que não valoriza a nossa produção.
Danilo Cymrot é mestre e doutor em Direito Penal e Criminologia pela Faculdade de Direito da USP. Desde 2013 ele é pesquisador do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo. No mês passado, Cymrot lançou o livro O Funk na Batida (Edições Sesc), sobre a história da criminalização do funk por meio de projetos de lei que tentam disciplinar, proibir e censurar o gênero.
Confira um trecho da entrevista:
BBC News Brasil – Hoje o funk é o ritmo brasileiro de mais sucesso fora do país, ao mesmo tempo que ainda se diz perseguido por aqui. Por que essa contradição?
Danilo Cymrot – Mesmo com sucesso no exterior, ele continua atacado e desvalorizado no Brasil. Claro que um cantor de proibidão não vai fazer o mesmo sucesso da Anitta. Os funkeiros sabem que precisam moldar o discurso para atingir determinados públicos.
Veja o caso da música Deu Onda, do MC G15, que surgiu como um funk com linguagem explícita. Quando ela começou a fazer sucesso, ele mudou a letra para uma versão mais suave. Baile de Favela tocou na Olimpíada de Tóquio na apresentação da ginasta Rebecca Andrade, mas também foi uma música que teve sua versão original “adaptada” para atingir outros públicos.
Acho que existe uma síndrome de vira-lata também, que não valoriza nossa produção. Alguns artistas, mesmo quando são valorizados no exterior, são atacados aqui. O sucesso não traz necessariamente o reconhecimento. Eles são acusados de terem traído suas origens, como a Carmem Miranda, ou porque “estão manchando” a imagem do Brasil ao reforçar o “apelo sexual e vulgar dos brasileiros”, como a Anitta e outros artistas.
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