Quem nasceu predestinado a ser artista, sempre vai conseguir se tornar um, independente das inúmeras peças que a vida pregar. E o Romão Chefe é um dos maiores exemplos disso, de YouTuber a cantor, ele está vindo com tudo pra conquistar o seu espaço dentro da cena musical.
Mas antes de falar sobre o momento que ele está vivendo, vamos voltar um pouco pra contar sobre toda a sua trajetória.
Aos 16 anos, ele começou sua carreira na internet através do YouTube, entrando na febre que o site viveu de 2014 pra frente. Até Colírio da Revista Capricho ele chegou a ser.
Com 5 meses de canal e pouco mais de 10 mil inscritos, ele gravou uma “trollagem”, uma espécie de pegadinha em um tipo de vídeo que também estava em alta na época.
E isso mudou completamente sua proporção na plataforma.
“Eu postei um vídeo fazendo uma brincadeira que era ‘Trollar meu pai dizendo que eu era gay’. Postei esse vídeo de noite, meu canal tinha só 10 mil inscritos, quando acordei no dia seguinte o vídeo já estava viralizado com milhões de acessos e meu canal explodindo de inscritos, aí fiquei conhecido e as coisas foram fluindo como Youtuber”, disse.
No entanto, a alegria logo acabou, segundo ele, seu canal foi hackeado e não foi possível recuperar, fazendo-o desistir da carreira de youtuber e partir, graças ao apoio dos amigos, para o funk.
“Eu perdi tudo. Fiquei numa depressão forte e sumi por 1 ano da rede social. Até que comecei a seguir uma vida normal e tive apoio de alguns amigos pra cantar funk, não lancei músicas oficiais mas tive bastante experiência nesse sentido, pois cheguei a fazer várias aberturas de shows para artistas grandes. Escolhi o funk e o trap logicamente pelo meu estilo, gosto muito de tatuagens, tanto é que tenho várias. Desde criança eu ouço funk, e acho incrível o fato do funk, do trap e da música em geral conseguir mudar a vida de uma pessoa pra melhor, muita das vezes tirar um moleque do crime e dar uma vida melhor pra família”
SUPERAÇÃO
Ainda assim, naquela época, não foi no funk que o cantor conseguiu seu sustento, o que fez ele partir para o ramo empresarial, para enfim, conquistar o tão desejado progresso.
“Eu morava sozinho, minha infância nunca foi fácil, e então eu tinha que pagar aluguel, contas e comida pra sobreviver no mundão, e o funk não me dava dinheiro. Então tive que parar de cantar e trabalhar fazendo bicos em restaurantes. Tive uma pequena virada na minha vida quando fiz um curso de TI, comecei a trabalhar na área e abri uma pequena empresa na área da informática, aí comecei a ganhar um dinheiro. Como eu sempre gostei do mundo artístico, voltei pro ramo, nisso eu já tinha os meus 22 anos, abri minha produtora de funk que é a Alto Nível Produtora, na qual eu empresario atualmente 2 artistas exclusivos, o MC Gordão e o Don Edy. Quando comecei a ganhar um dinheiro a mais, trabalhando na minha empresa, comecei a comprar coisas caras que sempre sonhei, como carros, motos, casas, etc”
Nessa virada de chave ele passou a ter a vida de luxo que sempre sonhava, atraindo olhares desejados e, principalmente, indesejados.
PRISÃO
Em 2021, Romão foi preso acusado de estelionato, onde, segundo a acusação, ele e outras 3 pessoas da empresa Alto Nível Investigações se passavam por detetives para aplicar golpes em pessoas que procuravam por seus serviços.
Antes de completar seis meses no presídio, Romão teve sua inocência comprovada, sendo absolvido e liberado.
Segundo ele, a polícia armou para fazer as prisões, forjando provas e uma investigação de mais de cinco meses.
“Na realidade, segundo a Polícia Civil, eu fiquei sendo investigado durante 5 meses, e numa segunda feira de madrugada, invadiram meu prédio, me humilharam muito, me bateram. Até meu cachorro que é um Bulldog Francês foi chutado por um dos policiais que estavam no meu apartamento, totalmente desumano”, conta.
Romão ainda alega que enquanto os policiais estavam em seu apartamento, tentaram forjar ele com uma quantidade de drogas, tirando tabletes de maconha e cocaína de dentro da viatura e fazendo-o implorar para não o caso não ser adulterado.
“Fiquei preso 6 meses, horrível, algo que não desejo pra ninguém, dentro de uma cadeia a situação é precária, várias doenças, fome, sede, eu mesmo perdi 22 quilos nesses 6 meses. Tive minha imagem manchada nas emissoras de TV como a Band, Record, etc. E agora, com a absolvição, eu irei fazer questão deles exporem na TV que sou INOCENTE, pois tiveram a sacanagem de me difamar em rede nacional. Agora quero ver se terão a coragem de expor a verdade sobre minha inocência”
Ao deixar o presídio, Romão Chefe se deparou com um tratamento diferente das pessoas que conhecia. Ele conta que foi desprezado e que se sentiu sozinho por muitas vezes, mas conseguiu dar a volta por cima e voltar ao funk. Dessa vez, como um cantor consolidado.
A VOLTA POR CIMA
“Quando voltei pra rua, estava tudo diferente, muitas pessoas me abandonaram, viraram as costas. Fiquei mais uma vez numa depressão forte, mas consegui pôr a cabeça no lugar e agora começo de 2022 eu voltei com projetos pra música com meus artistas, em especial pra minha carreira na cena do Trap, que é uma vertente que eu me identifico muito. Fiz meu primeiro lançamento oficial com clipe da música “ Só Kit Versace “ no canal da Kondzilla, e os trampos agora não vão parar, vou conquistar meu espaço!”, exclama Romão.
E pra vir com tudo, ele tentou colocar um pouquinho de polêmica em sua música, indo na contramão do que os artistas da cena estão fazendo: A ideia que eu tive foi de polemizar, quase todos artistas fazem música mencionando kits da Lacoste, e eu na realidade nunca curti muito Lacoste. Quando eu vi a Medusa da Versace, me apaixonei, comecei a comprar tudo da Versace, e decidi mencionar diretamente isso no clipe.
Para conferir mais do trabalho do Romão Chefe, assista agora ao clipe da sua nova música, “Só Kit Versace”:
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