Mais um ano eleitoral se aproxima e com ele, diversas tentativas dos políticos em se aproximar da periferia surgem. Diante disso, nós da Sobre Funk, viemos abordar esse tema importante em relação ao nosso movimento funk.
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Hoje em dia, a maioria das pessoas que representam o funk, isto é, cantores, não gostam de expressar suas opiniões políticas e muito menos se interessar pelo assunto. Por conta da polarização, o tema fica cada vez mais chato de ser conversado.
No entanto, isso gera um problema que, apesar dos políticos não terem uma pauta na qual o funk é prioridade, usam disso para se aproximar dos jovens desinteressados. Quantas vezes você já viu alguma música de funk em forma de jingle eleitoral ou até mesmo elementos da quebrada em forma de marketing, a exemplo da Juliet.
Matheus Fernandes, da Agência Mural, ainda fala a respeito da utilização da estética de quebrada e como são atrativas em campanhas eleitorais, bem como aponta a apropriação cultural:
“Não é novidade para ninguém que, em época de eleição, sempre rola aquela visita inusitada na favela. Para todo lado que observamos conseguimos ver cartazes com rostos desconhecidos, no qual fazem questão de colarem no portão ou parede da tua casa. Desde pequeno, sempre tive a sensação de que o corpo favelado é apenas lembrado em ano eleitoral. Não era muito difícil de perceber: a cada quatro anos estávamos em evidência, as favelas sempre foram as atrações mais desejadas para o ganho de votos. Com a popularização do funk em nível nacional, o gênero musical também foi apropriado nas campanhas entre os partidos políticos. Seja nos jingles – músicas tocadas repetidamente nos carros de som pelas quebradas – aos candidatos “posando de funkeiros” nas campanhas políticas como ferramenta de aproximação ao público jovem.”
Em resumo, é abordado o incômodo que é ver políticos usando elementos do funk para se aproximar da juventude, mas essa mesma juventude não obteve a mesma sorte. É a objetificação da quebrada com artigos que são sonho de muitos.
A reflexão, fundamentalmente, reside na ideia de que se você não pensar sobre política, alguém vai pensar por você.
E aí, o que você acha sobre tudo isso? Deixe a sua opinião nos comentários.
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